19 de março de 2007

"Dizer Adeus" em breve no Porto Canal

Os anúncios de óbitos e as mensagens de saudade vão aparecer na televisão e circular na Internet graças a dois projectos pioneiros do Porto que arrancam em Abril para combater o monopólio das páginas de necrologia da imprensa.

A ideia de um obituário na televisão nasceu há cerca de cinco anos em forma de trabalho universitário dos alunos do 4º ano do Curso de Som e Imagem, da Universidade Católica, no Porto, Pedro Rocha e Luís Araújo. Hoje, são sócios na produtora Tráfico Audiovisual e têm pronto a emitir no início de Abril, num canal regional do Porto na TV Cabo, o primeiro obituário televisivo em Portugal.

"Dizer Adeus" é o nome do formato que junta informação e serviço público, terá duração de cerca de 10 minutos e será emitido duas vezes por dia, a meio da manhã e ao início da tarde.

No programa, em que a figura principal é o defunto, serão divulgadas fotografias e dados biográficos que passam em revista episódios da vida do falecido, acompanhados de indicações sobre a data e lugar dos velório, funeral ou missa de sétimo dia.

Segundo os mentores do projecto, o inédito espaço televisivo inspira-se nas páginas de necrologia dos jornais, mas "ambiciona" promover uma homenagem ao defunto.

Na internet, este site, iniciativa de uma empresa informática de S. Mamede de Infesta, em fase experimental até final do mês, está a enfretar a relutância das pessoas e, até ao momento, não conseguiu nenhum anúncio para colocar on-line.

Fotografias do próprio defunto, de familiares, de locais a que esteve ligado e notas biográficas são elementos que podem ser divulgados no site, que permite ainda o envio de condolências durante um ano.

O preço, que se situa nos 80 euros, e a variedade de opções são vantagens destacados por Armando Martins para justificar a escolha do obituário on-line.

Os dois projectos foram já apresentados à Associação de Agentes Funerários de Portugal, com sede no Porto, que aplaude a iniciativa, mas ressalva, no entanto, que as pessoas que vêem os anúncios da necrologia não estão ainda suficientemente familiarizadas com a Internet.

2 comentários:

Paulete disse...

Também tinha ouvido falar disto, que deprimente, muito à frente, mas deprimente:p

Tininha disse...

É o que vos digo, o que está a dar é o negócio da morte. Não acreditam em mim. Rios, rios de dinheiro que as agências fazem. É o futuro ahahahah.