A propósito do post "Porque não na Islânia", publicado no dia 2 deste mês, aqui está a explicação para o facto do jogo entre as selecções portuguesa e brasileira se disputar em Londres. Prestem atenção a quantos xulos andam a mamar à conta deste evento...
Eu sei que é um texto grande, mas vale a pena ler até ao final para perceber como é que estas coisas funcionam.
A realização daqueles dois jogos foi fomentada pela Nike, empresa de material desportivo que tem contratos de patrocínio com as selecções brasileira e portuguesa.
Porém, desta vez, o caso mudou de figura e o mentor da ideia foi o inglês Philippe Huber, sócio da Kentaro, uma empresa que trata da realização de eventos desportivos. E não o fez por acaso, mas por estar atento aos êxitos de bilheteira que constituíram os jogos do Brasil com a Argentina e o País de Gales, ambos realizados em Londres no início do mês de Setembro do ano passado.
Tirando partido de um conhecimento antigo, Huber entrou em contacto com o empresário português Miguel Macedo, da DezSport, que, por sua vez, estabeleceu o canal de comunicação com uma outra empresa, a Gama Sports, cujo sócio maioritário, Caetano Marota, já havia negociado com a FPF, no ano passado, a compra dos direitos desportivos de dois jogos particulares de Portugal. Pelo meio, Philippe Huber chegou também a acordo com a empresa ISE, que detém os direitos desportivos da selecção brasileira.
Para além das receitas de bilheteira, Huber tem garantido um suculento encaixe suplementar com as transmissões televisivas do Portugal-Brasil para diversos países do mundo, isto apesar de o jogo não poder ser transmitido para Inglaterra e de os organizadores nada receberem em relação à transmissão para Portugal. No primeiro caso porque no mesmo dia e à mesma hora se realiza um jogo entre as selecções de sub-21 de Inglaterra e da Espanha e no segundo porque a FPF vendeu os direitos televisivos à Olivedesportos, que negociou este jogo com a RTP.
Os bons resultados conseguidos nos últimos anos pela selecção estão a ser, de resto, a arma utilizada pelo presidente da FPF na negociação com a Nike para a renovação do contrato. O actual compromisso termina em 2008 e a ideia é renovar por mais dois anos, até ao fim do próximo Mundial.
Gilberto Madail já terá deixado claro que «não aceitará receber menos do que outras selecções com muito nome», com uma fonte federativa a recordar que «Portugal foi a última selecção Nike a sair do Mundial». Isto além de que Madail tem outras ofertas em mãos, garante a mesma fonte.
A realização do jogo particular entre Portugal e Brasil, em Londres, vai garantir à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o seu maior cachet de sempre, 750 mil euros, um valor significativo atendendo à altura da época e do calendário internacional.
6 de fevereiro de 2007
Ahh então é por isto que é em Londres...
Publicada por Rocco à(s) 11:42
3 comentários:
Que vergonha! Confirma-se que o futebol é controlado por agiotas que nada têm a ver com os países em questão.
Abraço
Diogo
ahh!! Isto é mt bem engendrado!! Agora o termo "selecçao Nike" é um pouco merdoso.. Ke grande lata
Abraço Rocco!
Eu confesso que não percebo muito de futebol, mas também não é necessário ser entendido para saber que há aqui muitas "maroscas" pelo meio.
Importante é que Portugal ganhe!
Bjs
Didi
Enviar um comentário