17 de julho de 2007

O "Ferrari" português

Já foi há uns dias apresentado, mas de todos os temas que tenho amontoado numa pilha, até me ser possível escrevinhar qualquer coisa, este pareceu-me o mais premente. Porquê?

Porque descobri que temos um CEIIA. Também não sabiam ou...não me digam que era a única no nosso país que desconhecia o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel??? Sim temos um, e ainda dizem que não somos futuristas e inovadores.

O que é certo é que, em conjunto com outra empresa nacional, a Retroconcept, se chegou ao protótipo do primeiro carro desportivo português, um topo de gama supostamente inspirado nos automóveis das décadas de 60 e 70. Está programado construírem-se apenas 100 unidades, porque se quer dirigir o produto apenas a um nicho específico...ao que tem dinheiro, pois claro. Isto porque o bebé custa perto de 300 mil euros, daí que os portugueses vão continuar a conduzir...carros estrangeiros.

Ainda assim, tudo bem. Agora a primeira coisa que me faz confusão, tudo é português, as empresas envolvidas no projecto, a mão de obra, os engenheiros, os projectos, portanto, alguém me explique porque é que o nome escolhido foi VINCI GT?? Tudo bem, tivemos uma banda cujo nome começava em Da e acabava em Vinci, mas isso não significa que o nome tenha qualquer raiz lusa. Está bem que Joaquim e Manuel não eram nomes publicitáveis, mas quer-me parecer é que a ideia é ninguém descobrir que é feito em Portugal, e tentar fazê-lo passar por italiano, afinal os Ferraris parecem vender bem e também são vermelhos, pode ser que passe.

Bom mesmo foi saber que, depois de toda a excitação inicial, quando o pópó se preparava para brilhar na sua apresentação no Circuito da Boavista, não pegou!!! AH AH AH AH pronto, já acabei de rir, perdão, até se devem apoiar estas iniciativas e tal, mas é impossível não entrar em delírio. Vejam lá se é preciso ir com os cabos da bateria e ligá-lo ao meu Clio de 94, ãh?